13.11.14

Doação de órgãos em um jornalismo literário exemplar

Sua orientação pessoal pode indicar o contrário, motivada ou não por determinação religiosa, mas eu defendo a doação de órgãos e quero doar o máximo que puder quando acontecer o meu "passamento".

É uma decisão que pode salvar vidas. E quem é salvo desta forma não deve agradecer apenas ao doador e sua família, como também à equipe médica que viabiliza o transplante, operação delicada e infelizmente não disponível numa escala que dispense filas, longa espera e angústia para muitos.

Imagine como deve ser tensa a rotina de um cirurgião responsável pelo setor de transplantes de um hospital. Lidar com a dor em torno de uma morte, administrar o que segue vivo num quadro de óbito, executar essa complexa transição, manter a esperança sobre um paciente com poucas chances, lidar com o infortúnio de quem tem os dias contados... E ainda arrumar tempo e cabeça pra resolver a própria vida.

Não precisa imaginar: leia o perfil do Dr. Ronaldo Honorato, e principalmente seus dilemas, na reportagem "O homem da segunda chance", de Andréa Ascenção. A jornalista é pós-graduada em Jornalismo Literário, como eu, e nesse texto, não por acaso vencedor de prêmio na área, dá um belo exemplo do que essa multiferramenta de narração da realidade é capaz de proporcionar, tendo como força motriz as questões humanas que mexem com todos nós. Perca vários minutos que te garanto que não será perda de tempo: http://clichetes.com.br/homem-segunda-chance/

Parabéns Andréa, Dr. Ronaldo, e a todos os que fazem o bem aos outros de alguma forma, especialmente em se tratando de vidas.

Um comentário:

Andréa Ascenção disse...

Muito obrigada Bruno! Fico feliz que tenha apreciado o perfil e divulgado ;-)