24.4.14

Quem já perdeu um bichinho sabe

Nos bons tempos, se empanturrando quando cheirava e achava carne ou patê de carne na cabacinha
Ficou faltando o registro aqui da morte da Julinha, no comecinho desse mês. Muito doente, com vários problemas crescendo, nossa idosa cadelinha (mais de 17 anos) não melhorou após 48h de internação no Hospital Veterinário Sena Madureira. Postergar a internação de pouco adiantaria, pois provavelmente iria piorar dia após dia, e semanas depois não resistiria. Levá-la pra casa menos, porque só se alimentava com soro, involuntariamente, então ia acabar falecendo de fraqueza. Pedimos a eutanásia então.

Ano passado postei sobre a lufada de alegria que essa poodle preta trouxe à vida minha e de Arikinha. Foram cerca de 1 ano e 2 meses conosco, no apê, agora mais triste, quieto (e limpo, é fato). Arika a recebeu filhotinha, quando tinha 9 anos, mimou-a em SBC, onde Jully cresceu numa casa espaçosa, com ampla área externa em dois andares. Quando nos conhecemos, conheci a pretinha, em 2006. Até dormi na sala perto dela (da cachorra, não da namorada) algumas vezes. Mesmo só a visitando nos anos seguintes, sempre nutri muito carinho, pois adoro cães e Julinha era figura!

Foi minha primeira experiência de paternidade, porque eu tinha mais tempo com ela do que Ari, em casa, e aí naturalmente me acostumei a alimentá-la, limpar suas necessidades, descer para passear de vez em quando. No fim de 2013, levei-a para consulta veterinária, exames, retorno. Fui atrás dos remédios receitados, mais de uma vez. Bicho de estimação velho parece criança pequena, em termos de atenção e cuidados que requer. Porém não reclamo, foi muito bom tê-la! Claro que no apê e na vida atuais, sem ela temos um trabalho considerável a menos, uma rotina menos pesada (também porque devolvemos o peixinho Bob para a Dona Graça). Mas saudade não tem rotina, né?

Ei, vc sabe que sua sala nunca mais será a mesma sem mim, né? :P

2 comentários:

Arianne Pessa disse...

Que lindo amor, até me emocionei. Sempre me entristecia por não ter tido condições de levar minha cachorrinha conosco quando casamos, e poder cuidar dela nos últimos meses de sua vida foi muito gratificante. Foi um período em que dada a idade avançada , sabíamos que não poderíamos ter muitas expectativas. Mas brincamos muito, mimamos muito, acariciamos muito... por pouco tempo, mas de forma intensa. Fiquei muito feliz pela forma como vc adotou a minha filha, e surpresa com o pai maravilhoso em que vc se tornou mesmo não sendo sua filha de origem. Que bom que pude te propiciar mais essa experiência. A Jullynha deixará saudades... É, estamos envelhecendo e perdendo seres que amamos... mas amo saber que dentre os anos que me restam, terei vc ao meu lado para compartilhar mais e mais experiências! Te amo!

Bruno Pessa disse...

Sim, tb amo!