31.1.14

Calor, História e feriados

E nós paulistanos de janeiro de 2014 entramos para a estatística Histórica da cidade por participarmos do janeiro mais quente da cidade desde que as medições começaram em 1943.

De fato a sensação térmica tem sido maior do que os termômetros registram, também porque tem chovido menos do que o que costuma acontecer nessa época em outros anos.

Quando o clima se torna vilão a esse ponto, não é frescura pensar na mudança de algumas atividades profissionais e rotinas em dias úteis, pois a produtividade que se perde com o cancelamento, por um lado, pouco representa diante da baixa produtividade do "ter que enfrentar e tentar fazer do mesmo jeito mesmo sabendo que não vai conseguir", produzindo menos, mal e porcamente (suado).

Na bela foto de SavianoMarcio, o Astro Rei sobre Sampa (Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1190327)


Não seria o caso de o governo adotar feriados em alguns desses dias pra lá de críticos? Considerando que perduram intactos vários feriados religiosos nesse país, laico desde 1890 (!!), e o brasileiro ignora essa incoerência porque não quer abrir mão das folgas prolongadas, poderíamos trocar Dia da Padroeira do Brasil, da Padroeira da Cidade, Paixão, Corpus Christi e até o Natal por possibilidades de decretação feriadística em dias sem condições de se trabalhar dignamente.

É a tese do jornalista Leonardo Sakamoto em seu blog, a qual endosso. Assim como calor e frio intensos me incomodam, também me irrita a imposição religiosa na vida pública e oficial do país, como no caso desses feriados cristãos, os símbolos que persistem em órgãos públicos, essas coisas que a maioria das pessoas deve achar normal e nunca parou para pensar e questionar...

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