Minha humilde, mas excelente, paródia de Despacito, de Luís Fonsi. Olha como ficou show nesse vídeo, amador porém realístico:
Aaii... essa hora que não passa... ah não, ah não...(embuchada)
(Vai!) Sim, sabe que no fundo isso é uma agressão
Madrugar com o despertador
Vi, que também sonhas com as férias para que
Possa dormir até acordaaarr
(oh)Tu, segurando esse sono colossal
Deitando na cadeira com a coluna mal
Foda conviver com a preguiça vadia
(Pois é) Sim, já fiz pausas variadas afinal
Fazê um lanchinho é fundamental
Mas o relógio esse bem que poderia...
Dez...pras...cinco... Se é de madrugada tem gente dormindo,
Gente levantando, gente se vestindo
Gente na balada tomando mojito...
Dez...pras...cinco...Se é quase às 17 o dia vai se indo
Gente trabalhando, gente produzindo
Trânsito formando horário de picoo (sobe o pico, sobe o pico, vai!)
..
Quero que a noite chegue pr'eu ficar de boooaaa
Ônibus indo pra casa, meus lugares favoritos! (favoritos, favoritos baby)
Quero meu sofá, meu banho, o meu pijaminhaaa
As cobertas mais saudosas, muito melhor que um cineminhaaa
Gata eu to te esperando
Sei no que está pensando
Que eu fiquei maquinando
Um daqueles superplanos
Mas relaxa que é facinho e vai ser bão, bão
Não vamos complicar a nossa real intenção, ção
A gente se amarra aqui e não precisa sa-ir
Não gasta, não se irrita e pede um deli-very
Tudo naturalmente sob o edredom se esquenta
A TV fica de lado e a gente se alimenta
Pasito a pasito, ói que tá bonito
A coisa vai pegando poquito a poquito
Quando você me beija esqueço a tristeza
Que tem segunda-feira, trabalho sobre a mesa
Pasito a pasito, faz devagarzinho
Prolonga o momento desse amorzinho
Não quero nem lembrar de tudo lá de fora
Até do relógio eu fujo pra não ver a hora
Dez...pras...cinco... Se é de madrugada tem gente dormindo,
Gente levantando, gente se vestindo
Gente na balada tomando mojito...
Dez...pras...cinco... Se é quase às 17 o dia vai se indo
Gente trabalhando, gente produzindo
Trânsito formando horário de picoo (sobe o pico, sobe o pico, vai!)
..
Quero que a noite chegue pr'eu ficar de boa
Ônibus indo pra casa, meus lugares favoritos! (favoritos, favoritos baby)
Quero meu sofá, meu banho, o meu pijaminhaaa
As cobertas mais saudosas, muito melhor que um cineminhaaa
Dez..pras...cinco...Imagina uma praia de Porto Rico
Eu você curtindo como casal rico
Bebendo mojito até encher o bico
Pasito a pasito, ói que tá bonito
A coisa vai pegando poquito a poquito
Vamos dilatando as horas, nem sei qual que é agora...
Dez..pras... cinco.
20.6.17
Não resolve nada
Quando eu vinha confortável, dirigindo meu carro com ar condicionado, pra me refrescar do calor que abrasava as mentes de todos lá fora, vi uma mulher lá fora, provavelmente com a mente abrasada.
Ela vinha tentando chamar a atenção dos motoristas como eu, pedindo qualquer dinheiro ou ajuda que viesse, e aquilo me deixou mal, pela lembrança de que não tinha um trocado decente para lhe entregar, revirando o painel do carro, os bolsos, porta-moedas, até encontrar alguma coisa, buzinar, pra que ela me visse e eu lhe entregasse uma moeda, e eu já me sentisse feliz, como se aquilo tivesse resolvido pra ela e pra mim.
Horas depois quando eu saía feliz da lanchonete, como se nada mais se bastasse e precisasse da vida, e tudo estivesse resolvido, com a barriga cheia, desejo saciado pelo alimento tão aguardado, e percebi uma criança sentada no banco pedindo ajuda, imediatamente eu me voltei, com quase nada trocado no bolso porque já tinha dado pra mulher do parágrafo anterior, revirei novamente e dei o que sobrou, como que por instinto, por obrigação. E até meus amigos repetiram o gesto, logo em seguida, e parecia novamente que tinha resolvido.
Quilômetros depois quando eu voltava pra casa, confortável no meu carro, satisfeito na minha fome, barriga cheia e vento no rosto, me incomodei quando parei no semáforo e vi aquele homem com um cartaz que quase não se entendia nada, porque já era noite e o cartaz era precário, mas ele pedia alguma ajuda. Fiquei mal, porque já tinha dado para a mulher do primeiro parágrafo, e ajudado o menino do segundo. E de fato sobrou muito pouco para ajudar o homem, muito pouco, mas mesmo o pouco que tinha eu entreguei pedindo desculpas, sem saber se tinha resolvido
E no balanço do dia em que ajudei três pessoas desconhecidas, que talvez com essa e outras ajudas tenham conseguido alguma comida ou bebida pra sobreviver mais um pouco, e que por isso eu teria tudo pra dormir mais feliz, não pude sorrir, porque mesmo que eu tenha tentado, não resolveu foi nada.
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