Continuando a série de sucesso absoluto de cliques (9 por mês em média...), o terceiro Hit das Antigas deste blog foi tema da novela Pedra Sobre Pedra, que a Globo exibiu no horário mais nobre (quando ainda era 20h30, se não me engano) em 1992.
Na época eu tinha de 9 pra 10 anos, mas acompanhava e curtia as novelas da TV, até porque sempre gostei de acompanhar essa mídia, já apresentando sintomas protojornalísticos na infância.
Pedra Sobre Pedra, que teve uma trilha de abertura muito bacana também (Pedras que Cantam, do Fagner - que a gravou com Zé Ramalho também) ficou marcada, anos depois, pelo personagem do cantor Fábio Jr, Jorge Tadeu, que teve uma morte misteriosa e "reaparecia", para as mulheres que enfeitiçou, quando elas comiam um determinado tipo de flor... Realismos fantásticos à parte, os protagonistas eram representantes de duas famílias que não se bicavam e disputavam o poder na pequena Resplendor. Porém, Murilo Pontes (Lima Duarte) e Pilar (Renata Sorrah) guardavam um amor lááá no fundinho do peito, que aos poucos foi se desabrochando e no final, ah, vc imagina né?
A trilha dessa relação de ódio e paixão foi (ou melhor, é, porque nunca será substituída, né?) foi "Entre a Serpente e a Estrela", gravada e lançada em 1991, na voz aveludada do grande Zé Ramalho. É uma versão, com melodia semelhante e letra totalmente diferente, de Amarillo By Morning, canção country de George Strait.
Há um brilho de faca
Onde o amor vier
E ninguém tem o mapa
Da alma da mulher...
Ninguém sai com o coração sem sangrar
Ao tentar revelar
Um ser maravilhoso
Entre a serpente e a estrela...
Um grande amor do passado
Se transforma em aversão
E os dois lado a lado
Corroem o coração...
Não existe saudade mais cortante
Que a de um grande amor ausente
Dura feito um diamante
Corta a ilusão da gente...
Toco a vida prá frente
Fingindo não sofrer
Mas o peito dormente
Espera um bem querer...
E sei que não será surpresa
Se o futuro me trouxer
O passado de volta
Num semblante de mulher...
O passado de volta
Num semblante de mulher...
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