Escrita para a peça de teatro de mesmo nome, também de autoria de Chico, se converteu em uma das maiores referências metafóricas à repressão do período ditatorial no Brasil, entre os anos 1960 e 80.
No vídeo, o compositor e a banda MPB4 a apresentam no III Festival de Música Brasileira, exibido pela TV Record, em 1967. A canção ficou em terceiro lugar na ocasião.
É bem antiga, mas um primor. Clássicos nunca saem de moda!
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a viola pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
(repete refrão 2x)
29.11.15
11.11.15
Pesquisa da dissertação rende artigo em livro
Minha orientadora do mestrado na Universidade Metodista de São Paulo, Dra. Cicília Peruzzo, organizou uma coletânea de artigos sobre pesquisas que orientou durante 10 anos de COMUNI (Núcleo de Estudos de Comunicação Comunitária e Local). Lançada recentemente, chama-se "Comunicação Popular, Comunitária e Alternativa no Brasil - Sinais de Resistência e de Construção da Cidadania".
Minha pesquisa da dissertação, intitulada "Jornalismo Literário a serviço da Imprensa Alternativa", compõe a obra, de 736 páginas (conforme destaque no print abaixo). Editado pela Metodista, o livro foi coorganizado por Maria Alice Campagnoli Otre, outra orientanda de Cicília e hoje também doutora.
Não é o primeiro livro de coletânea do qual participo. Após minha outra pós, a especialização em Jornalismo Literário, tive uma grande-reportagem publicada em "Jornalistas Literários: Narrativas da vida real por novos autores brasileiros" (leia clicando aqui), da Editora Summus, de 2007.
E por fim, foram três incursões literárias que também me puseram em coletâneas: um dos "Contos de Caminhoneiros" (Mercedes-Benz, 2008), um dos "Contos Natalinos" (Atlas, 2006) e um texto na "Sexta Antologia dos Anjos de Prata" (Linear B, 2005).
É sempre um prazer! Quem me dera poder viver como escritor...
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9.11.15
Hit das Antigas: Tô P da Vida, Dominó
Quem nunca, num momento de irritação e vontade de explodir, se sentiu ou disse pra quem estava por perto: "Tô p... da vida!"??
Sabia que existe uma música batizada com essa expressão coloquial brasileira, lançada em 1987 pela primeira geração (Afonso, Nil, Marcos e Marcelo) do grupo Dominó? Eu sabia, pois conheci os hits da boy band ainda moleque, no início dos 90', porque meus pais tinham uma K7 (cacete!) dele que ouvíamos bastante, sobretudo no carro, nas viagens.
Vejam que a letra vai além de uma chutada de balde individualista, abordando também questões geopolíticas, sustentáveis, multilaterais e existenciais. E a coreografia, como o clipe mostra, é assaz complexa!
Curta aí:
Tô P da vida
Tô vendo a gente tão pra baixo
Num baixo astral, num cambalacho
E muito pouco amor à vida
Tô P da vida
E o mundo em volta da ferida
Em transes loucos, transas nossas
De mãos atadas vistas grossas
É muito pouco amor à vida
Tô P da vida
Tão pondo fogo no planeta
E quem não tá vira careta
A fina flor do preconceito
De cor, de raça, de sujeito
Isso tem jeito! Isso tem jeito!
"We Are the World" lá nas paradas
E gerações desperdiçadas
Em tantas lutas sem sentido
Fecha as cortinas do passado
Mundo grilado, dolorido
Que se conforma
Tô P da vida
Lances, jogadas ensaiadas
Nas mesas das Nações Unidas
Azucrinando nossas vidas
Jogos de dados combinados
Dados marcados
Tô P da vida
Mas não me sinto derrotado
Não tem gatilho, nem cruzado
Que vai me pôr nocauteado
A esperança é uma música
Canta essa música, nossa música, é nossa música...
Tô P da vida
Olhando a gente tão pra baixo
Num baixo astral, num cambalacho
E muito pouco amor à vida
Tô P da vida
Mas isso quase não é nada
Tem que enfrentar essa parada
E tem que pôr a mão na terra
Eu tô na guerra pela vida
Só pela vida
Viva a vida! Viva a vida!
Curioso(a) pra ver os outros hit das antigas já postados aqui? São esses:
-> O Bêbado e a Equilibrista, Elis Regina;
-> Menina Veneno, Ritchie;
-> Standing Outside the Fire, Garth Brooks;
-> Frisson, Tunai;
-> Entre a Serpente e a Estrela, Zé Ramalho;
-> Ela Não Liga, Polegar;
-> Bye Bye Tristeza, Sandra de Sá.
Sabia que existe uma música batizada com essa expressão coloquial brasileira, lançada em 1987 pela primeira geração (Afonso, Nil, Marcos e Marcelo) do grupo Dominó? Eu sabia, pois conheci os hits da boy band ainda moleque, no início dos 90', porque meus pais tinham uma K7 (cacete!) dele que ouvíamos bastante, sobretudo no carro, nas viagens.
Vejam que a letra vai além de uma chutada de balde individualista, abordando também questões geopolíticas, sustentáveis, multilaterais e existenciais. E a coreografia, como o clipe mostra, é assaz complexa!
Curta aí:
Tô P da vida
Tô vendo a gente tão pra baixo
Num baixo astral, num cambalacho
E muito pouco amor à vida
Tô P da vida
E o mundo em volta da ferida
Em transes loucos, transas nossas
De mãos atadas vistas grossas
É muito pouco amor à vida
Tô P da vida
Tão pondo fogo no planeta
E quem não tá vira careta
A fina flor do preconceito
De cor, de raça, de sujeito
Isso tem jeito! Isso tem jeito!
"We Are the World" lá nas paradas
E gerações desperdiçadas
Em tantas lutas sem sentido
Fecha as cortinas do passado
Mundo grilado, dolorido
Que se conforma
Tô P da vida
Lances, jogadas ensaiadas
Nas mesas das Nações Unidas
Azucrinando nossas vidas
Jogos de dados combinados
Dados marcados
Tô P da vida
Mas não me sinto derrotado
Não tem gatilho, nem cruzado
Que vai me pôr nocauteado
A esperança é uma música
Canta essa música, nossa música, é nossa música...
Tô P da vida
Olhando a gente tão pra baixo
Num baixo astral, num cambalacho
E muito pouco amor à vida
Tô P da vida
Mas isso quase não é nada
Tem que enfrentar essa parada
E tem que pôr a mão na terra
Eu tô na guerra pela vida
Só pela vida
Viva a vida! Viva a vida!
Curioso(a) pra ver os outros hit das antigas já postados aqui? São esses:
-> O Bêbado e a Equilibrista, Elis Regina;
-> Menina Veneno, Ritchie;
-> Standing Outside the Fire, Garth Brooks;
-> Frisson, Tunai;
-> Entre a Serpente e a Estrela, Zé Ramalho;
-> Ela Não Liga, Polegar;
-> Bye Bye Tristeza, Sandra de Sá.
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