24.9.08

SEÇÃO "INDIQUE UM BLOG"

De vez em quando a gente acha blogs bacanas no oceano internético, e por isso crio esta seção para meus ilustres (e raros) visitantes poderem conhecê-los também. Só não me cobrem periodicidade, porque odeio essa amarra jornalística!

O primeiro é o "Pergunte ao Urso - Tudo aquilo que você não sabia para quem perguntar"

Favor não ter a pachorra de comentar somente lá e nadica por aqui, belê?


Bruno Pessa entende que o tempo é escasso, mas se entristece com leitores silenciosos

18.9.08

HAAAJA CORAÇÃO, AMIGA!

2008 é um ano de casamentos de famosas, como Juliana Paes e Sandy. Quem trabalha com jornalismo na internet, como eu, sabe que "personalidades" como essas dão muitos cliques, ou seja, não podem ficar de fora dos principais portais.

Mas a Globo.com foi além, "narrando" os casórios em "tempo real", ou melhor, o que acontecia no entorno dos eventos, uma verdadeira "encheção de linguiça", exatamente como nossas professoras de Português nos diziam para NÃO fazermos numa redação.

Foi um festival de celebridades sendo piadistas, fótografos sendo intimidados, jornalistas sendo barrados, seguranças sendo implacáveis mas, no final, tudo foi maravilhoso porque as noivas estavam belíssimas, o amor é lindo, e minha vida deve ser mesmo um marasmo preu ficar horas em frente a um computador vendo isso...



Como você deve concordar comigo mas não se aguenta de curiosidade para conferir como foi a transmissão, eis os links e bom divertimento:

* Juliana Paes e Carlos Eduardo Baptista >> http://ego.globo.com/Gente/0,,CBU17-9804,00.html

* Sandy e Lucas Lima >>http://ego.globo.com/Gente/0,,CBU18-9804,00.html


Bruno Pessa, assim como você, vai casar, mas sem tempo real na internet

5.9.08

NORMOSE (Martha Medeiros)

Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal.

Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito 'normal' é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se 'normaliza' acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não-enquadramento.

A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha 'presença' através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.

A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta.

Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu 'normal' e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante.

O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

Fonte: Jornal "Zero Hora" nº 15323 (5/8/2007), caderno "Donna".