No que você pensa quando olha pro céu? Sua pequenez diante da imensidão planetária, onde estaria aquela pessoa especial nesse momento, que sonhos as estrelas vão realizar na tua vida... No que pensa uma criança miserável quando olha pro céu?
Entrou a mãe com uma pequena no colo e outra já maiorzinha andando na frente. Eu já havia escutado aquele discurso no trem:
- Quero pedir a atenção de vocês. Tô com duas crianças e não tenho comida pra dar pra elas. O meu barraco tá sem gás. Peço uma ajuda pra poder passar no mercado mais tarde e comprar alguma comida.
Indiferente, a criança solta continuava pulando e fazendo graça para a de colo, que ria repetidamente. Só a mãe permanecia séria, empunhando o boné durante a caminhada pelo vagão.
- Muito obrigado, Deus abençoe.
A estação se aproximava, a mãe parou diante da porta. Com um pedaço de barbante na mão, a filha não deixava de ser criança.
- Mãe, tô brincando de pipa!
- Segura minha mão, cuidado com o buraco!
Desceram. Perdi-as da vista, mas não do pensamento. No cair da noite, o que pensará essa menina quando olhar pro céu? Verá as mesmas estrelas que eu? Algo além da escuridão?
- Mããe, tô com fome!
- Vê se dorme que isso passa...
26.6.07
2.6.07
O QUE É JUSTO?
Meu apê em SP fica perto da Uninove (Barra Funda), onde transitam milhares de universitários. Consequentemente, estruturou-se ao redor do enorme prédio um corredor de vendedores ambulantes de toda a espécie. Passando ali você encontrava o que comer (lanches, salgados, doces, frituras, cozidos e industrializados), beber (sucos, refri, cerveja, açaí, choconhaque e até água), vestir (agasalhos, camisetas, luvas, chapéus), usar (acessórios, bolsas, bijuterias), ouvir (CDs), ver (DVDs), alugar (trajes sociais) e piratear (softwares). Às quintas e sextas de noite, a festa não tinha hora pra acabar.
Mas há 2 semanas eu não vi mais nada disso. Ou melhor, vi fiscais da subprefeitura da Lapa, marcando posição, ao lado de guardas municipais. Estavam limpando o terreno, varrendo quem não paga impostos. Está certo, os ambulantes prejudicam o negócio dos comerciantes que trabalham legalmente. Não é legal.
E o que farão todos aqueles vendedores, até encontrarem outro ponto desprezado pela fiscalização? Como ganharão a vida? Que se virem? Está certo, o que podemos fazer? Mas não é nada legal...
Meu apê em SP fica perto da Uninove (Barra Funda), onde transitam milhares de universitários. Consequentemente, estruturou-se ao redor do enorme prédio um corredor de vendedores ambulantes de toda a espécie. Passando ali você encontrava o que comer (lanches, salgados, doces, frituras, cozidos e industrializados), beber (sucos, refri, cerveja, açaí, choconhaque e até água), vestir (agasalhos, camisetas, luvas, chapéus), usar (acessórios, bolsas, bijuterias), ouvir (CDs), ver (DVDs), alugar (trajes sociais) e piratear (softwares). Às quintas e sextas de noite, a festa não tinha hora pra acabar.
Mas há 2 semanas eu não vi mais nada disso. Ou melhor, vi fiscais da subprefeitura da Lapa, marcando posição, ao lado de guardas municipais. Estavam limpando o terreno, varrendo quem não paga impostos. Está certo, os ambulantes prejudicam o negócio dos comerciantes que trabalham legalmente. Não é legal.
E o que farão todos aqueles vendedores, até encontrarem outro ponto desprezado pela fiscalização? Como ganharão a vida? Que se virem? Está certo, o que podemos fazer? Mas não é nada legal...
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